quarta-feira, 24 de março de 2010

O abandono mata...

Em Portugal, todos os anos são abandonados mais de 10.000 animais. Deixados à sua sorte, muitos encontram a morte nos canis camarários ou na berma de uma estrada enquanto vagueiam em busca de alimento e de abrigo. Outros morrem de fome ou de doença. Um animal abandonado sofre todo o tipo de maus tratos.

As associações zoófilas estão lotadas e já não têm mais capacidade para receber mais animais…

Os animais são seres vivos com sentimentos e que têm necessidades próprias. Um animal deve ser desejado pelo dono e bem aceite pelos restantes membros da família. A decisão de adoptar um animal deve ser muito ponderada e estar de acordo com as possibilidades e disponibilidade do dono, pois implica assumir um compromisso até ao fim de vida do mesmo. Trata-se portanto de uma decisão com consequências a longo prazo e que deve ser bem ponderada. Os animais vão necessariamente condicionar a sua vida.

Antes de adoptar, deve ponderar muito bem se está preparado para lhe proporcionar aquilo de que ele necessita. Além de espaço, os cães necessitam de muita atenção, tempo e alguma disponibilidade financeira.

Para além disso, a adopção de um animal implica cuidar (higiene e alimentação), tratar (cuidados médicos) e dar segurança (nunca abandonar) durante toda a sua vida que poderá ser por muitos e muitos anos.

Um animal não é uma pessoa, mas é um ser vivo com personalidade, sentimentos, emoções e dependências. Precisa do dono para se sentir bem física e emocionalmente. É fundamental respeitar todas as suas necessidades.

Se não se encontra preparado, ou não tem todas as condições para fazer uma adopção feliz e responsável, então NÃO A FAÇA! Uma adopção é uma relação onde ambas as partes têm de sair a ganhar.

Uma decisão sensata irá contribuir não só para o bem-estar do seu animal, mas também para a paz do seu lar.

Adoptar um animal é, antes do mais, um acto de responsabilidade!

E porque o abandono mata efectivamente, aqui fica um vídeo de homenagem ao trabalho de um grupo de voluntários cujo trabalho eu não posso deixar de admirar.

Até Breve,

Elsa Cunha

1 comentários:

Henrique Ferreira disse...

Elsa,
Sem dúvida, fazer uma adopção de um animal tem de ser um acto consciencioso e para a vida!

Se assim não for, mais vale não adoptar!

Um dia deste ainda vou postar a minha rafeirinha Blacky! lol

Como diz a minha filha (20 meses):
"Pai, a bleé é miga!"
"-Sim filha, a Blacky é amiga!"