sexta-feira, 30 de julho de 2010

Morte por apedrejamento...

Em 2006, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada por ter mantido [supostamente] relações ilícitas e recebeu 99 chibatadas. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão, onde se retratou da confissão feita sob a coerção das chicotadas.

Só recentemente é que ela foi levada ao tribunal e recebeu um novo julgamento. De novo ela foi condenada e, desta vez, apesar de já ter sofrido uma punição, foi sentenciada à morte por apedrejamento.
Ashtiani, uma mãe iraniana, pode ser executada a qualquer momento. Ler tudo aqui

A indignação deste caso, tal como doutros semelhantes, estão cada vez mais na mira da comunidade internacional que, em maior o número, começa a manifestar-se seriamente contra este tipo barbárie!
Assim, tal como eu, assinante nº 140.204, nomes sonantes do mundo politico e artístico, como o Presidente Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque, Michael Douglas, Peter Gabriel, Annie Lennox, Yoko Ono, Gwyneth Paltrow, Salman Rushdie,Sting,Caetano Veloso, Catherine Zeta Jones, já tomaram "uma atitude contra a prática do apedrejamento"; e "contra o abuso de mulheres... assinando esta petição!. Por Favor, faça o mesmo!

"O apedrejamento de Soraya M (THE STONING OF SORAYA M)", filme de 2008, conta uma história semelhante a esta. A história (verídica) de um jornalista francês, abandonado numa remota aldeia iraniana, que é abordado por Zahra, uma mulher que tem uma história horrível para narrar sobre sua sobrinha, Soraya, e as circunstancias da sua morte sangrenta no dia anterior.
Enquanto o jornalista liga o gravador, e Zahra nos levava de volta ao começo da história que envolve o marido de Soraya, um falso mulá (líder da mesquita muçulmana), e uma cidade envolta em mentiras, repressão e pânico.
As mulheres, despojadas de todos os direitos e sem recursos, nobremente confrontam os desejos devastadores dos homens corruptos, que usam e abusam da autoridade para condenar Soraya, uma esposa inocente mas inconveniente, a uma morte injusta e cruel. Um drama sobre o poder do crime, um mundo fora da lei e a falta de direitos humanos para as mulheres.
A última esperança de alguma justiça está nas mãos do jornalista, que deve escapar com a história – e sua vida – para que o mundo tome conhecimento. Baseado no livro homônimo do autor franco-iraniano Freidoune Sahebjam. Tirado daqui

1 comentários:

Elsa Cunha disse...

Sharia , assim se denomina a lei islâmica que todos os anos condena à morte centenas de inocentes. Lamentavelmente estas histórias repetem-se vezes e vezes sem conta.
A sharia esclarece que uma mulher adúltera deve ser enterrada até ao pescoço ou até à zona do tórax , devendo proceder-se depois ao apedrejamento. E quem executa a sentença? Esta tarefa cabe aos moradores da cidade, vizinhos e familiares da parte ofendida. Estes executores devem ter o cuidado de não utilizar pedras muito grandes (porque matam rapidamente), nem muito pequenas (prolongam demais o suplicio). Enquanto se procede à lapidação devem ser entoados versos religiosos.
Apesar de todos os esforços da comunidade internacional esta é uma pena que continua a ser aplicada em vários países e, ao contrário do que muitos poderão pensar ela não vitima apenas mulheres, vários homens foram também condenados a este tipo de morte por crimes de adultério, de violação, ou simplesmente por serem homossexuais.