Um empresário de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo, conseguiu aos 65 anos concretizar um sonho que acalenta há décadas: ser chamado de Camelo.
"Neste momento, só falta a assinatura do ministro da Justiça para ser um Camelo a sério, de pleno direito", disse hoje à Lusa, António Martins da Rocha.
O empresário não escondeu a ansiedade que sente "por ver chegar o dia em que poderá, finalmente, acrescentar no seu bilhete de identidade o nome daquele animal".
"Todos me conhecem por Camelo mas só agora, aos 65 anos, é que me vou transformar num Camelo de verdade", graceja António, sublinhando que, quando isso acontecer, vai festejar "como se do seu baptizado se tratasse".
António Martins da Rocha nasceu a 15 de Fevereiro de 1943, mas os pais foram "terminantemente proibidos" por um padre amigo da família de o registar como Camelo, que era o último apelido da mãe.
"Nessa semana, a minha mãe tinha tido uma zanga muito forte com esse padre, que era quem mandava na quinta onde os meus pais viviam. No dia em que eu nasci, o padre deu ordens expressas ao meu pai para não me pôr Camelo no apelido. Disse que era preciso acabar com a raça dos Camelos. E o meu pai cumpriu, porque nesse tempo os padres tinham muito poder", afirma.
Mais tarde, e sem quaisquer pressões do clero, António Rocha acabou por cometer "um erro crasso", ao não dar o apelido de Camelo aos seus dois filhos.
"Aí sim, aí é que eu fui um grande Camelo", salienta.
No entanto, já conseguiu "meter" o apelido nos nomes das duas netas e confessa que os próprios filhos estarão também dispostos a seguir-lhe as pisadas, para reconstruir assim "uma grande família de Camelos" em Santa Marta de Portuzelo.
O fascínio de António Rocha pelo apelido é de tal forma forte que, quando abriu uma unidade de restauração, há 25 anos, não hesitou "nem um segundo" na escolha do nome: Restaurante Camelo.
"O meu maior orgulho é quando os meus clientes soltam um 'ah, grande Camelo', no final de uma refeição. É sinal de que ficaram a gostar", refere.
O apelido sempre pode dar azo a momentos de algum humor, como aconteceu um dia em Braga, com um tio de António Rocha, que tem Camelo no nome.
"Ele ia a conduzir e fez uma grande asneira, e de um carro ao lado chamaram-lhe camelo. Ele virou-se para mim e disse-me: Estás a ver? Até em Braga me conhecem", contou, com humor.
Para António Rocha, este apelido, tem "a vantagem" de transformar um insulto numa saudação.
A ideia de mudar de nome já era acalentada há décadas mas só avançou após um jantar no restaurante de António Rocha, que juntou à mesa alguns deputados, os quais se prontificaram imediatamente a tratar de todo o processo burocrático.
"Já ando nisto há mais de quatro meses, com papéis e mais papéis, mas para ser um verdadeiro Camelo estou disposto a tudo. O processo vai ficar-me por uns 40 contos [200 euros], mas nem que fossem 400 eu avançava na mesma. Quero ser Camelo e tenho a certeza que o vou ser aos 65 anos", rematou.
"Neste momento, só falta a assinatura do ministro da Justiça para ser um Camelo a sério, de pleno direito", disse hoje à Lusa, António Martins da Rocha.
O empresário não escondeu a ansiedade que sente "por ver chegar o dia em que poderá, finalmente, acrescentar no seu bilhete de identidade o nome daquele animal".
"Todos me conhecem por Camelo mas só agora, aos 65 anos, é que me vou transformar num Camelo de verdade", graceja António, sublinhando que, quando isso acontecer, vai festejar "como se do seu baptizado se tratasse".
António Martins da Rocha nasceu a 15 de Fevereiro de 1943, mas os pais foram "terminantemente proibidos" por um padre amigo da família de o registar como Camelo, que era o último apelido da mãe.
"Nessa semana, a minha mãe tinha tido uma zanga muito forte com esse padre, que era quem mandava na quinta onde os meus pais viviam. No dia em que eu nasci, o padre deu ordens expressas ao meu pai para não me pôr Camelo no apelido. Disse que era preciso acabar com a raça dos Camelos. E o meu pai cumpriu, porque nesse tempo os padres tinham muito poder", afirma.
Mais tarde, e sem quaisquer pressões do clero, António Rocha acabou por cometer "um erro crasso", ao não dar o apelido de Camelo aos seus dois filhos.
"Aí sim, aí é que eu fui um grande Camelo", salienta.
No entanto, já conseguiu "meter" o apelido nos nomes das duas netas e confessa que os próprios filhos estarão também dispostos a seguir-lhe as pisadas, para reconstruir assim "uma grande família de Camelos" em Santa Marta de Portuzelo.
O fascínio de António Rocha pelo apelido é de tal forma forte que, quando abriu uma unidade de restauração, há 25 anos, não hesitou "nem um segundo" na escolha do nome: Restaurante Camelo.
"O meu maior orgulho é quando os meus clientes soltam um 'ah, grande Camelo', no final de uma refeição. É sinal de que ficaram a gostar", refere.
O apelido sempre pode dar azo a momentos de algum humor, como aconteceu um dia em Braga, com um tio de António Rocha, que tem Camelo no nome.
"Ele ia a conduzir e fez uma grande asneira, e de um carro ao lado chamaram-lhe camelo. Ele virou-se para mim e disse-me: Estás a ver? Até em Braga me conhecem", contou, com humor.
Para António Rocha, este apelido, tem "a vantagem" de transformar um insulto numa saudação.
A ideia de mudar de nome já era acalentada há décadas mas só avançou após um jantar no restaurante de António Rocha, que juntou à mesa alguns deputados, os quais se prontificaram imediatamente a tratar de todo o processo burocrático.
"Já ando nisto há mais de quatro meses, com papéis e mais papéis, mas para ser um verdadeiro Camelo estou disposto a tudo. O processo vai ficar-me por uns 40 contos [200 euros], mas nem que fossem 400 eu avançava na mesma. Quero ser Camelo e tenho a certeza que o vou ser aos 65 anos", rematou.
in Expresso
1 comentários:
tão não?! AH!és um granda camelo!!!
Enviar um comentário