O líder dos U2 ultrapassou, no entanto, o limite de caracteres da caixa de comentários da Rolling Stone, pelo que a publicação decidiu publicar, numa notícia aparte, a prosa de Bono sobre o seu próprio disco.
"Nós, os membros do chamado grupo pós-punk, ficámos muito lisonjeados com a crítica de quatro estrelas e meia da nossa estreia, um álbum em que sempre acreditámos", começa Bono por escrever.
O cantor passa então a enumerar o que está "certo e errado" em Boy , depois de ouvir o álbum "pela primeira vez em mais de 20 anos".
"A começar pelo pseudo sotaque inglês e pelo facto, poucas vezes referido, de o vocalista parecer uma rapariga, a coisa não é muito promissora", brinca Bono. "Há muitas razões para querer esbofetear o vocalista mas vamos começar pela sua pretensão... Tem obviamente ouvido Siouxie and the Banshees, Joy Division e mais uns quantos, cuja malícia e cariz artístico foram demais para o rapazinho sardento de Dublin".
Quanto às letras de Boy , Bono explica que foram escritas "ao vivo, ao microfone", uma má ideia desculpável pela procura de "autenticidade".
"Se 90% do rock'n'roll é sobre sexo, este 1% é sobre virgindade e não querer perdê-la", resume Bono. "Agora é que consigo perceber porque é que o álbum disse tanto à comunidade gay, com canções como Twilight e Stories For Boys".
Bono analisa ainda a prestação dos seus companheiros de banda, comparando o talento do baixista Adam Clayton ao de John Entwistle (The Who) e Peter Hook (Joy Division, New Order) e elegendo o guitarrista The Edge como "a grande estrela" do disco.
"Evitando as escalas de blues óbvias que cegam todos os guitarristas que já ouviram Led Zeppelin, The Edge descobre novas cores para o espectro do rock", considera Bono. "Ele é claramente o guitarrista mais influente desde os grandes compositores, Jimmy Page, Pete Townshend, Neil Young (...)".
Na "despedida", Bono define aquilo que, na sua opinião, torna os U2 especiais .
"Podes ter tudo: as canções, a produção, a cara, a atitude, e faltar-te aquilo . Os U2 não tinham nada, mas tinham aquilo . Para nós, a música era um sacramento".
"Tenho orgulho deste pequeno polaroid de vida de que me lembro perfeitamente", conclui Bono, adiantando ainda que os U2 se encontram a tentar ultimar o seu álbum "mais completo e radical" de sempre.
"Nós, os membros do chamado grupo pós-punk, ficámos muito lisonjeados com a crítica de quatro estrelas e meia da nossa estreia, um álbum em que sempre acreditámos", começa Bono por escrever.
O cantor passa então a enumerar o que está "certo e errado" em Boy , depois de ouvir o álbum "pela primeira vez em mais de 20 anos".
"A começar pelo pseudo sotaque inglês e pelo facto, poucas vezes referido, de o vocalista parecer uma rapariga, a coisa não é muito promissora", brinca Bono. "Há muitas razões para querer esbofetear o vocalista mas vamos começar pela sua pretensão... Tem obviamente ouvido Siouxie and the Banshees, Joy Division e mais uns quantos, cuja malícia e cariz artístico foram demais para o rapazinho sardento de Dublin".
Quanto às letras de Boy , Bono explica que foram escritas "ao vivo, ao microfone", uma má ideia desculpável pela procura de "autenticidade".
"Se 90% do rock'n'roll é sobre sexo, este 1% é sobre virgindade e não querer perdê-la", resume Bono. "Agora é que consigo perceber porque é que o álbum disse tanto à comunidade gay, com canções como Twilight e Stories For Boys".
Bono analisa ainda a prestação dos seus companheiros de banda, comparando o talento do baixista Adam Clayton ao de John Entwistle (The Who) e Peter Hook (Joy Division, New Order) e elegendo o guitarrista The Edge como "a grande estrela" do disco.
"Evitando as escalas de blues óbvias que cegam todos os guitarristas que já ouviram Led Zeppelin, The Edge descobre novas cores para o espectro do rock", considera Bono. "Ele é claramente o guitarrista mais influente desde os grandes compositores, Jimmy Page, Pete Townshend, Neil Young (...)".
Na "despedida", Bono define aquilo que, na sua opinião, torna os U2 especiais .
"Podes ter tudo: as canções, a produção, a cara, a atitude, e faltar-te aquilo . Os U2 não tinham nada, mas tinham aquilo . Para nós, a música era um sacramento".
"Tenho orgulho deste pequeno polaroid de vida de que me lembro perfeitamente", conclui Bono, adiantando ainda que os U2 se encontram a tentar ultimar o seu álbum "mais completo e radical" de sempre.
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