terça-feira, 20 de abril de 2010

O Monte dos Vendavais


O amor...Amor, que palavra engraçada... Tão usada nos dias de hoje, tão "in".

Será que apenas eu penso no quão vulgar esta palavra se tornou? Tão vulgar ao ponto de ser só mais uma no rol das que preenchem o nosso vocabulário hoje em dia.

Conhece-se alguém, trocam-se umas mensagens, meia dúzia de encontros [se tanto], uns beijinhos e...VOILÁ....l' Amour!

Quanta vulgaridade! Quanto desconhecimento acerca do verdadeiro significado do amor! Desculpem-se o cinismo, não pretendo dar lições de moral ou de bons costumes, aliás, duvido que se encontre pessoa menos indicada do que eu para tal. Mas revolta-me a trivialidade, a facilidade com que afirmam sentimenos hoje em dia, com que se fazem juras de amor e paixão eterna quando na verdade se pretende apenas alguém com quem passar uns bons momentos [leia-se, dar umas quecas].

O amor não devia ser professado com tamanha ligeireza. Não, não, não! O amor é algo mais profundo, mais obscuro, algo cuja essência é impossivel de ser descrita, e não por falta de tentativas, pois bem o tentaram muitos.

Considero que dentre esses milhares que tentaram descrever esse incrível sentimento, procurado por muitos, mas achado por tão poucos, Emily Brontë, em "O Monte dos Vendavais" se revelou fenomenal, magistral, incomparável!

"O Monte dos Vendavais", este livro maravilhou-me, apaixonou-me, arrebatou-me por completo. A sensação que me preencheu quando terminei de o ler foi a de satisfação total. Pensei, aqui está, é isto que quero para mim, isto é AMOR! O amor verdadeiro, intemporal, imortal.

O amor de Catherine e Heathcliff, considerado obsessivo, demoníaco até por muitos. Mas quem ama é obcecado, é possuído pelo motivo do seu amor, de outro modo não seria amor.

"Nelly, eu sou Heathcliff, ele está sempre na minha mente, não como um prazer, do mesmo modo que eu não sou sempre um prazer para mim mesma, mas como o meu prório ser".


Catherine Earnshaw



"Fica sempre comigo, toma qualquer forma, enlouquece-me, mas não me deixes neste abismo onde não te posso encontrar! Oh Deus, é indizível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!


Heathcliff



4 comentários:

Henrique Ferreira disse...

Marta,

Bem vinda ao conclave! ADOREI O POST!

Ficamos aguardar o próximo...

No entanto, gostaria de terminar com: Amar alguém é, quando o silencio de duas pessoas não incomóda nenhuma delas...

Ângela disse...

Por que é que a qualidade deste texto não me espanta, interrogas-te... Porque de ti não se pode esperar menos! Lindíssimo! Atrever-me-ia a dizer que fiquei com mais vontade de ler o que ainda poderias ter escrito para além do que escreveste do que de ler o próprio livro de que falaste! Portanto soube-me a pouco e toca de colocar aqui mais coisinhas destas!! ;)

P.S.: Faz um favor à humanidade e escreve um livrinho, sim???

Unknown disse...

:)Fogo, assim até fico toda babada! O que mais posso dizer além de MUITO OBRIGADA? :)

Carla Dias disse...

Marta adorei o Post,está fantástico. fiquei cheia de vontade de ler o livro,será um dos proximos que vou ler.